Duas em cada três pessoas estão preocupadas por poderem ser rastreadas online por criminosos, de acordo com uma pesquisa da NordVPN. Este medo não é irracional — na verdade, um dos crimes de cibersegurança mais comuns é o hacking de câmaras. Os criminosos podem secretamente espiar os utilizadores, gravar vídeos deles e depois chantagear as vítimas, ameaçando divulgar as imagens publicamente. Além disso, a fama indesejada não é o único efeito negativo que o “camfecting” pode ter.
“Um ataque camfecting não é difícil de executar. Para sequestrar a câmara do teu dispositivo, os hackers precisam de colocar no teu portátil ou smartphone um malware de controlo remoto. Um ataque de segurança cibernética pode ser executado através do envio de emails infetados, atraindo os utilizadores para sites maliciosos, ou infetando downloads de torrent ou downloads de sites não autorizados. Felizmente, é fácil identificar os sinais de alerta ou melhorar a segurança da câmara do teu computador ou smartphone”, diz Adrianus Warmenhoven, um especialista de cibersegurança da NordVPN.
Quais são os sinais de camfecting?
Muitos sinais podem indiciar uma câmara hackeada. Por exemplo, se o indicador luminoso da tua câmara estiver aceso ou a piscar mesmo que não tenhas ligado a câmara, pode ser um sinal de que estás a ser alvo de camfecting. No entanto, pode nem sempre ser esse o caso: uma câmara a funcionar de forma anormal pode estar relacionada com uma aplicação que está a ser executada em segundo plano.
Existem outros sinais de potencial camfecting, como a bateria a esgotar-se mais rapidamente, apps aleatórias instaladas sem o conhecimento do utilizador, ou o dispositivo a travar ou a congelar. Também é aconselhável instalar ou executar um software de deteção de malware, como o Proteção Contra Ameaças ou um antivírus. Se um utilizador notar algum destes sinais, os especialistas aconselham falar com profissionais de TI.
Como proteger o dispositivo de camfecting?
“Colocar um pedaço de fita ou uma camcover sobre a câmara do dispositivo é talvez a maneira mais fácil e confiável de impedir que alguém te observe através da câmara do teu computador e melhorar a segurança da tua casa. No entanto, ao colocares este bloqueio físico, simplesmente restringes a visão do invasor, mas não resolve o problema real. Lembra-te que o mesmo malware que permite aos cibercriminosos aceder à tua câmara também pode permitir o acesso aos teus ficheiros pessoais, mensagens e histórico de navegação”, diz Warmenhoven.
Para te protegeres de malware, Adrianus Warmenhoven recomenda seguir os seguintes passos:
Ativar a firewall. Uma firewall protege o sistema ao monitorizar o tráfego da rede e bloquear conexões suspeitas. Os utilizadores devem ter configurações de segurança e garantir que a firewall de origem do computador está em execução.
Usa um antivírus de confiança. Os utilizadores devem escolher um antivírus com proteção avançada contra malware, spyware e vírus. Um programa antivírus vai detetar e neutralizar ameaças maliciosas antes que estas causem qualquer dano. Por exemplo, a funcionalidade Proteção Contra Ameaças da NordVPN neutraliza ameaças cibernéticas, como ficheiros cheios de malware ou sites maliciosos, antes que estas possam danificar o seu dispositivo.
Não caias numa armadilha de phishing. Os hackers podem disfarçar-se de operadores de apoio ao cliente dizendo que há um problema com o dispositivo ou software e que precisam resolver a situação. É uma técnica de phishing comum usada pelos cibercriminosos para colocar um software de controlo remoto num dispositivo. Esse software permite-lhes então aceder à tua câmara e gerir as tuas permissões. Outra forma de levar as vítimas a descarregar malware é através de emails de phishing que escondem URLs falsos e ficheiros maliciosos.
Mantem-te seguro ao acederes a um Wi-Fi público usando uma VPN. As redes Wi-Fi públicas são altamente vulneráveis a hackers. Os cibercriminosos geralmente apontam a pessoas que estejam a aceder a hotspots grátis e tentam inserir malware nos seus dispositivos. Os utilizadores devem sempre usar uma VPN para usufruírem de uma ligação Wi-Fi e protegerem-se de bisbilhoteiros indesejados.
O Fernando é o diretor do InforGames. O seu primeiro computador foi o ZX Spectrum, e foi aqui que começou a interessar-se pelo mundo dos videojogos. Apesar de já ter jogado em várias plataformas, o PC continua a ser a sua plataforma de eleição. No que diz respeito a jogos, gosta de estratégia, corridas e luta.