Esta série criada por Alex Ward (Criterion) começou como um humilde jogo de corridas lançado em 2001 para a PlayStation 2, GameCube e Xbox. Nessa altura tinha apenas um modo onde os jogadores corriam em circuitos fechados com o objetivo de destruir os seus adversários ou empurrá-los para fora da pista. Desde esse primeiro tÃtulo que a destruição de veÃculos se tornou o foco e foi essa a caraterÃstica que ditou o seu sucesso. Em edições mais recentes, a série Need For Speed deu sequência a muitos elementos de Paradise (depois de Burnout Paradise a EA não voltou a lançar outro jogo do mesmo formato), aproximando muito as duas séries ao ponto de deixar cair Burnout. A predominância das cidades e mundos abertos, onde se projetam todas as corridas, continuam a moldar grande parte das experiências automobilÃsticas de Ãndole arcade, mas naquele contexto do princÃpio do ano de 2008. Agora, 10 anos volvidos, temos a oportunidade de voltar conduzir pelas ruas de Paradise City.
Em Burnout Paradise, o jogador pode percorrer a enorme cidade logo nos primeiros minutos de jogo e escolher o evento pretendido enquanto conduz. Ao todo, temos quatro eventos possÃveis para participar.
Em Race, temos uma corrida de ponto a ponto, onde o jogador é incentivado a destruir os seus adversários pelo caminho. Mas, a destruição assume uma maior dimensão em Road Rage, um modo bastante conhecido da série onde existe um número mÃnimo de adversários para destruir e dentro de um perÃodo de tempo definido. Em Marked Man, como o nome indica, somos perseguidos por diversos carros negros e o objetivo será sobreviver por chegar ao destino. Por fim, há o modo Stuntman, neste é necessário realizar todo o tipo de manobras perigosas e saltos para somar o maior número de pontos possÃvel.
Existem ainda diversos objetivos secundários para atingir, como encontrar todos os atalhos do mapa, destruir painéis com o logótipo Burnout e fazer todos os saltos mais acrobáticos, chamados de super jumps. Como devem calcular, o sentido de liberdade deste tÃtulo é enorme. Podem escolher qual o evento que irão participar a seguir, enquanto exploram as ruas da cidade e procuram todos os seus segredos.
Para ajudar nesta exploração existem, ao todo, 75 veÃculos não licenciados, que vão ganhando em corridas ou a destruÃ-los em eventos especiais. Todos são entregues no ferro-velho, a nossa garagem no jogo. Para trocar de carro, se assim desejarem, terão de percorrer a cidade até ao ferro-velho e fazer a troca. Depois, como não poderia deixar de ser, acontecem os incrÃveis acidentes. Cada um dos impactos é como uma ocasião especial e espetacular. Quando há uma colisão, o jogo entra em câmara-lenta e ativa perspetivas cinematográficas, enquanto vemos o nosso carro a deformar-se e as suas peças a voar para todos os lados.
Esta edição inclui todos os conteúdos lançados no chamado “year of paradiseâ€, acrescentando mais tempo, através de carros, desafios e mais categorias. Nos modelos Xbox One X, Burnout Paradise sobe ao Ultra HD, apresentando um grafismo com uma qualidade superior. Não é que em 10 anos não se vislumbrem alguns limites ao design de Paradise, uma metrópole claramente inspirada em Los Angeles, com a sua baixa, a downtown e os montes à distância. O ciclo de 24 horas torna tudo mais aprazÃvel, pelo que se pode dizer que o jogo envelheceu bem, mesmo que sejam mais notórios alguns tons sépia. A fluidez está assegurada, através de constantes 60 fps.
Um dos pacotes adicionais adiciona também a ilha Big Surf, ligando-a ao mapa principal através de uma enorme ponte na região da praia. Esta ilha traz mais missões secundárias e carros especiais.
Resumindo, se já jogaram tudo o que Burnout Paradise tinha para oferecer, se calhar os €39,99 euros pedidos pela EA são um pouco puxados. Se nunca o jogaram e são fãs de condução arcada, têm aqui jogo para os próximos tempos.