A Indra, uma das principais empresas globais de tecnologia, e a Thales, multinacional líder nos mercados de defesa, cibersegurança, segurança digital e aeroespacial, anunciam a assinatura de um acordo para colaborar na defesa, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de tecnologias europeias de ponta e tirar partido das sinergias para competir no mercado internacional.

Ambas as empresas querem aproveitar as oportunidades de negócio que estão a surgir, tanto a nível nacional como internacional e, nomeadamente, as que estão relacionadas com sistemas de radar, cibersegurança, comunicações e sistemas de simulação.

No domínio da ciberdefesa, as empresas vão reforçar a colaboração em programas promovidos pela UE como o AIDA (Análise de Dados com Inteligência Artificial), bem como outras iniciativas com clientes europeus e internacionais.

Na área dos sistemas de comunicações, em que ambas as empresas já trabalharam anteriormente juntas, irão tirar partido das sinergias e complementaridades tecnológicas já identificadas para se fortalecerem.

Para promover estas ações, será criado um Comité Diretivo conjunto que irá definir a estratégia, analisar oportunidades e lançar grupos de trabalho específicos.

“Vivemos uma verdadeira revolução tecnológica na qual os avanços ocorrem a uma velocidade vertiginosa. A colaboração industrial é absolutamente crítica para que a Europa mantenha a sua liderança e tenha voz na decisão sobre o rumo do nosso futuro. Este acordo serve para encontrar sinergias, fornecer melhores sistemas e desenvolver novas tecnologias de ponta”, afirma o CEO da Indra, José Vicente de los Mozos.

A vice-presidente executiva de Desenvolvimento Internacional da Thales, Pascale Sourisse, acrescenta: “A mudança tecnológica está a acontecer a uma velocidade não linear e as empresas devem colaborar e co-criar para equipar os clientes com as capacidades necessárias num ambiente em alta velocidade. Este acordo entre a Indra e a Thales reafirma o nosso compromisso mútuo de combinar as nossas forças para o fortalecimento da indústria de defesa europeia.”

O acordo reforça assim a base industrial europeia de defesa, um dos objetivos declarados da Política de Segurança e Defesa da UE, que aposta num mercado de defesa mais aberto, capaz de racionalizar o investimento e extrair o máximo desempenho por cada euro atribuído à I&D&i. Ganha-se assim capacidade, encurtam-se os prazos para trazer inovação ao mercado e para entregar os novos sistemas que os exércitos exigem.