Apesar da crescente ameaça dos ciberataques, muitas empresas continuam a não reforçar as suas medidas de segurança. O Índice Digital de Negócios da Cybernews revela que 63% das empresas analisadas em todo o mundo têm uma classificação D ou pior nos seus esforços de cibersegurança.
Para determinar a saúde cibernética das empresas em todo o mundo, a Cybernews desenvolveu o Business Digital Index, que classifica as empresas com base nas suas medidas de segurança online, utilizando dados disponíveis de fontes externas.
O índice tem um duplo objetivo: permite aos utilizadores verificar se as empresas em que confiam têm medidas de segurança digital sólidas. Ao mesmo tempo, as empresas podem avaliar as suas próprias práticas de segurança e receber informações acionáveis sobre como melhorar a sua postura de segurança digital e responder mais rapidamente às ameaças.
As empresas devem melhorar a sua segurança
A realidade é que as organizações de todas as dimensões estão constantemente sob a ameaça de ciberataques. Por conseguinte, todas as empresas devem partir do princípio de que, a dada altura, irão provavelmente enfrentar um ciberataque e reconhecer que têm a responsabilidade não só de se protegerem a si próprias, mas também de salvaguardarem os dados dos seus clientes.
No entanto, de acordo com o The Business Digital Index, 63% das empresas analisadas receberam uma classificação de segurança de D ou pior, com 40% a cair na categoria F. Apenas 11% das empresas obtiveram uma classificação A pelas suas medidas de segurança.
O sector da saúde é particularmente vulnerável, com 22% das empresas classificadas a receberem uma classificação D e quase metade (48%) uma classificação F. Apenas 5% das empresas analisadas neste sector obtiveram uma classificação A. Globalmente, o sector da saúde recebeu uma classificação média de segurança de 69, a mais baixa dos sectores analisados.
Em contrapartida, as empresas que oferecem carteiras de criptomoedas saíram-se melhor, com 21% a obterem uma classificação A pela sua segurança e a alcançarem uma pontuação média de 78. No entanto, 43% das empresas deste sector também foram classificadas como D ou pior.
Um olhar sobre as regiões individuais mostra que as empresas na Ásia têm uma das piores condições de saúde cibernética, com uma pontuação média de segurança de 68, 6% abaixo da média global. Em contrapartida, as empresas do Médio Oriente obtiveram a classificação mais elevada de 77 entre as regiões analisadas, seguidas de perto pela Europa e pela Oceânia, ambas com uma classificação média de 76.
Problemas de segurança mais comuns
O Business Digital Index mostra que o problema de segurança mais comum está relacionado com a configuração da Secure Sockets Layer (SSL), afectando 99% das organizações. O SSL é uma tecnologia que encripta os dados transmitidos entre um servidor Web e um browser para garantir comunicações seguras.
Se uma empresa tiver problemas com a sua configuração SSL, pode expor dados sensíveis à interceção, tornando os seus sistemas vulneráveis a ataques man-in-the-middle e comprometendo a confiança do utilizador e a segurança dos dados.
Um número surpreendente de 99% das empresas tem problemas de segurança nos sítios Web, 86% tem problemas relacionados com phishing e malware e 84% tem problemas de segurança na rede. Mais de metade (54%) tem problemas com a segurança do correio eletrónico.
Além disso, cerca de 35% das empresas têm vulnerabilidades de alto risco e foram afetadas por violações de dados recentes, 49% têm empregados que reutilizam palavras-passe comprometidas e 34% tiveram credenciais empresariais roubadas.
Todas estas fragilidades podem expor as empresas a violações de dados, que têm frequentemente consequências de grande alcance, como danos na reputação da empresa, perdas financeiras, sanções legais e perda de confiança dos clientes.
No entanto, problemas como a reutilização de palavras-passe comprometidas por parte dos funcionários são facilmente solucionáveis, mas criam vulnerabilidades significativas, tornando especialmente fácil para os atacantes explorarem as lacunas de segurança e obterem acesso não autorizado.
Podes consultar o artigo completo e respetivos gráficos em Cybernews.com
O Fernando é o diretor do InforGames. O seu primeiro computador foi o ZX Spectrum, e foi aqui que começou a interessar-se pelo mundo dos videojogos. Apesar de já ter jogado em várias plataformas, o PC continua a ser a sua plataforma de eleição. No que diz respeito a jogos, gosta de estratégia, corridas e luta.