Fernando Costa
O seu primeiro PC foi um ZX Spectrum, apesar de já ter jogado em várias plataformas, o PC continua a ser o Favorito. Criador do InforGames.pt e fã de jogos de Corrida, estratégia e luta.
As empresas em fase de expansão expandiram-se na Europa com a ajuda de organizações públicas, incluindo o Grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI), mas estas empresas enfrentam obstáculos de financiamento persistentes que a UE pode fazer mais para resolver, de acordo com um novo relatório do BEI.
O estudo, intitulado “The scale-up gap: financial market constraints holding back innovative firms in the European Union”, afirma que um maior investimento nestas empresas é fundamental para que a UE possa estar na vanguarda tecnológica e competir a nível mundial. O relatório afirma que colmatar o défice de financiamento das empresas em fase de expansão permitiria avanços tecnológicos em domínios como a tecnologia verde, a inteligência artificial e a computação quântica.
A dimensão e a profundidade limitadas dos mercados de capitais da UE dificultam a capacidade de as empresas inovadoras mobilizarem capital, em especial na fase de expansão, quando a disponibilidade de financiamento na Europa é mais escassa. Esta situação abrandou a acumulação de capital das empresas e atrasou o seu crescimento, produtividade e emprego.
O relatório recomenda o aprofundamento dos mercados de capitais europeus, em particular do mercado de capital de risco, e destaca o papel desempenhado até à data pelo Grupo BEI no apoio a empresas inovadoras e na expansão de tecnologias-chave. No mercado de capital de risco, o Fundo Europeu de Investimento (FEI) atua como investidor principal e mobiliza o investimento privado, enquanto no mercado de dívida de risco o BEI é o ator dominante.
“O Grupo BEI está a desempenhar um papel importante no apoio ao ecossistema de inovação da Europa”, afirmou a Presidente do BEI, Nadia Calviño. “Estamos prontos para fazer mais, especialmente para preparar o caminho para uma verdadeira união dos mercados de capitais, uma prioridade fundamental para impulsionar o crescimento sustentável e a criação de emprego.”
As empresas em expansão são empresas inovadoras e de elevado crescimento que se encontram numa fase intermédia de desenvolvimento. Situadas entre a fase de arranque e a fase de empresa madura, têm potencial para se tornarem campeãs internacionais nos seus sectores. O relatório do BEI refere que, embora a UE seja atrativa para os investidores estrangeiros em capital de risco, a poupança interna canalizada para o financiamento de empresas inovadoras é insuficiente. Em consequência, o investimento europeu em capital de risco é cerca de seis vezes inferior ao dos Estados Unidos. Esta situação leva a uma acumulação de capital mais lenta: após 10 anos de atividade, as empresas europeias em expansão mobilizam 50% menos capital do que as suas congéneres de Silicon Valley.
As empresas europeias em fase de expansão dependem frequentemente de investidores estrangeiros para o financiamento e a maioria dos investidores principais, que desempenham um papel fundamental nas rondas de financiamento, provêm de fora da UE. Depois, no momento decisivo em que a propriedade muda de mãos, é mais provável que as empresas em expansão sejam adquiridas por uma empresa estrangeira ou cotadas em bolsa no estrangeiro. Esta tendência drena o talento empresarial na Europa e prejudica as perspectivas da próxima geração de empresas europeias em fase de arranque.
“É imperativo resolver os problemas de crescimento das empresas inovadoras para garantir que a Europa continue na vanguarda dos avanços tecnológicos e mantenha a sua competitividade global”, afirmou Debora Revoltella, diretora do Departamento de Economia do BEI.
Para além da conclusão da União Europeia dos Mercados de Capitais e da integração financeira, o relatório recomenda que o sector público europeu catalise o investimento privado, apoie as fases iniciais do desenvolvimento tecnológico e ofereça fontes de financiamento diversificadas – medidas também preconizadas pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em 18 de julho, quando obteve o seu segundo mandato de cinco anos.
A sua nova Comissão – em estreita colaboração com o BEI – deverá apresentar medidas para facilitar o financiamento de empresas em rápido crescimento por bancos comerciais, investidores e capital de risco.
Os fundos de pensões privados e as companhias de seguros são identificados como o segundo maior segmento de mercado da UE e podem ser uma fonte fundamental de investimento para as empresas inovadoras e para o mercado de capitais. Incentivar estes tipos de investidores a participar no mercado, assegurando simultaneamente a solidez financeira, mobilizaria a poupança privada nacional. Além disso, o relatório recomenda que as políticas comunitárias e nacionais sejam coordenadas no contexto de uma estratégia industrial mais alargada e que a escassez de mão de obra seja resolvida.
O seu primeiro PC foi um ZX Spectrum, apesar de já ter jogado em várias plataformas, o PC continua a ser o Favorito. Criador do InforGames.pt e fã de jogos de Corrida, estratégia e luta.
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