Portugal está entre os melhores países para trabalho remoto

Portugal está entre os melhores países para trabalho remoto

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Portugal é o sexto melhor país para trabalho remoto/teletrabalho, de acordo com a nova pesquisa da empresa de cibersegurança NordLayer. No ano passado, a empresa criou o Índice Global de Trabalho Remoto (Global Remote Work Index – GRWI), que revela os melhores e piores países para se trabalhar remotamente segundo quatro critérios: segurança cibernética, condições económicas, infraestruturas digital e física, e condições sociais.

Este ano, a NordLayer avaliou 108 países, em comparação com os 66 países analisados no ano passado. Aqui estão os 10 melhores países para trabalho remoto de acordo com os dados deste ano:

  1. Dinamarca
  2. Países Baixos
  3. Alemanha
  4. Espanha
  5. Suécia
  6. Portugal
  7. Estónia
  8. Lituânia
  9. Irlanda
  10. Eslováquia

Podes consultar a lista completa aqui.

O índice foi elaborado avaliando e comparando países utilizando quatro critérios. Em cada um existem vários atributos (subcritérios) que, combinados, ajudam a avaliar a atratividade geral do trabalho remoto:

  1. Cibersegurança — infraestrutura, capacidade de resposta e medidas legais.
  2. Condições económicas — atratividade turística, proficiência na língua inglesa, custo de vida e cuidados de saúde.
  3. Infraestruturas digital e física — qualidade e acessibilidade da internet, infraestrutura eletrónica, governo digital (e-government) e infraestrutura física.
  4. Condições sociais — direitos pessoais, inclusão e segurança.

Como se classifica Portugal?

Portugal ocupa o 6.º lugar no GRWI geral e, embora se encontre entre claros líderes globais em muitas categorias, existem algumas áreas específicas onde ainda pode melhorar. No que se refere à cibersegurança, apresenta um bom desempenho (18.º), enquanto a sua infraestrutura de cibersegurança é a principal área para futuras melhorias (15.º).

Em termos de condições económicas apresenta-se especialmente bem (8.º), sendo a única desvantagem o seu custo de vida relativamente elevado (56.º). No que diz respeito às infraestruturas digitais e físicas, Portugal tem um bom desempenho (23.º) mas é prejudicado por uma infraestrutura eletrónica apenas razoável (43.º). Além disso, a Internet é bastante cara (34.º) e de qualidade mediana (20.º). No entanto, Portugal apresenta uma excelente classificação nas condições sociais (7.º).

Quanto à cibersegurança (18.º), Portugal está particularmente bem no que se refere à capacidade de resposta (4.º). A sua legislação sobre cibersegurança consegue também uma boa classificação (8.º), com a lei portuguesa a cobrir inúmeras áreas de segurança cibernética.

Espanha é um vizinho líder

Em termos de países vizinhos, Espanha ocupa duas posições acima de Portugal, conquistando o primeiro lugar em atratividade turística e o segundo lugar em medidas legais. No sentido inverso, a Itália ocupa o 26.º lugar, tendo, por exemplo, um melhor índice de segurança cibernética que Portugal, mas uma pior proficiência em inglês, custo de vida e qualidade da internet.

Existem algumas semelhanças surpreendentes entre dois países europeus que estão geograficamente, mas não estatisticamente distantes um do outro: os Países Baixos e Portugal. Ambos têm uma classificação elevada no GRWI geral e têm algumas semelhanças específicas quanto à segurança cibernética e condições económicas e sociais.

No respeitante à cibersegurança, tanto os Países Baixos como Portugal são extremamente semelhantes nas categorias de infraestrutura (11.º e 15.º, respetivamente), capacidade de resposta (3.º e 4.º), e medidas legais (9.º e 8.º). No que se refere às condições económicas, existe uma concorrência acirrada, com Portugal a ganhar significativamente em termos de custo de vida e os Países Baixos a assumirem a liderança em atratividade turística, proficiência na língua inglesa e cuidados de saúde.

Mantém os bons hábitos de cibersegurança

“Embora algumas das grandes empresas de tecnologia tenham recentemente trazido os seus funcionários de volta ao escritório ou introduzido um modelo de trabalho híbrido, o teletrabalho veio para ficar. Não é apenas uma tendência — é uma mudança fundamental na forma como abordamos a produtividade e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Adotar o trabalho remoto permite que as nossas equipas aproveitem todo o seu potencial, independentemente das fronteiras geográficas”, diz Donatas Tamelis, diretor-geral da NordLayer.

Para as pessoas interessadas em trabalho remoto, Tamelis recomenda a adoção de várias boas práticas de cibersegurança:

  • Usa sempre uma rede privada virtual (VPN). Uma VPN encripta a sua ligação de internet e ajuda a proteger as tuas informações pessoais de olhares indiscretos. É especialmente importante quando te liga a redes de Wi-Fi públicas.
  • Certifica-te também que todos os teus dispositivos, incluindo smartphones, tablets e computadores portáteis, têm as últimas atualizações de software instaladas. Estas atualizações geralmente incluem patches de segurança que podem ajudar a proteger contra vulnerabilidades conhecidas.
  • Sê cauteloso com redes de Wi-Fi públicas. Evita aceder a informações confidenciais, como serviços bancários, ou inserir passwords em redes Wi-Fi públicas, a menos que estejas a usar uma VPN. Os hackers podem facilmente intercetar dados em redes não seguras.
  • Ativa a autenticação de dois fatores sempre que possível nas tuas contas de e-mail, perfis de redes sociais e outros serviços online que usas durante viagens. Isto adiciona uma camada extra de segurança, exigindo uma segunda forma de verificação durante o login.
  • Usa passwords fortes e únicas. Cria passwords fortes para cada uma das tuas contas online e evita usar a mesma senha em diferentes plataformas. Considera usar um gestor de passwords como o NordPass para armazenar e gerar passwords complexas.

“Na era do trabalho remoto, a cibersegurança não é apenas uma opção. É uma necessidade crítica salvaguardar os nossos dados e proteger a nossa empresa contra as ameaças cibernéticas em ascensão. Trabalhar remotamente oferece novas oportunidades, mas também nos expõe a potenciais riscos de segurança. Estarmos atentos à cibersegurança é a nossa primeira linha de defesa“, diz Tamelis, da NordLayer.

Sobre o autor

Fernando Costa

O seu primeiro PC foi um ZX Spectrum, apesar de já ter jogado em várias plataformas, o PC continua a ser o Favorito. Criador do InforGames.pt e fã de jogos de Corrida, estratégia e luta.

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