NordVPN: Um terço dos Portugueses ignora os termos de serviço das apps e serviços online

NordVPN: Um terço dos Portugueses ignora os termos de serviço das apps e serviços online

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Um terço dos Portugueses admite ignorar os termos de serviço das aplicações e dos serviços online, porque não quer perder tempo.

Antecipando o Dia Europeu da Proteção de Dados, celebrado a 28 de janeiro, a empresa de cibersegurança NordVPN revelou novas informações sobre os riscos de segurança associados ao uso negligente das aplicações.

De acordo com os dados do Teste Nacional de Privacidade (TNP) referentes ao ano completo de 2024, 33% dos Portugueses dizem não prestar atenção às políticas de Privacidade das aplicações. Tendo em conta que o utilizador médio de um smartphone tem mais de 80 apps instaladas, o risco de potenciais violações de dados é significativo.

“Enquanto continuam os debates online sobre o que é mais valioso — dados, petróleo ou terras — na área da cibersegurança a resposta é clara: são os dados”, afirma Adrianus Warmenhoven, especialista de cibersegurança da NordVPN.

“Ao contrário dos bens físicos, os dados podem ser copiados, roubados, danificados ou vendidos sem deixar um rasto detetável, o que acarreta graves riscos financeiros e potenciais danos à reputação. As aplicações são muitas vezes o principal canal através do qual estas informações confidenciais são vazadas, devido a permissões inadvertidas, atualizações falhadas, software malicioso e partilha de dados não autorizada”, diz Warmenhoven.

As aplicações descuradas constituem um perigo para os dados pessoais

É impressionante o número de aplicações que estão disponíveis nas principais plataformas do mercado. A Apple Store oferece atualmente 1,8 milhões de apps, ao passo que a Google Play Store tem cerca de 3,3 milhões prontas para transferência. Entre tanta oferta, pode ser fácil descurar os potenciais perigos.

Infelizmente, o estudo mostrou que 33% dos Portugueses não prestam atenção aos temos de utilização das aplicações nem às políticas dos serviços online, por não quererem perder tempo com informações legais extensas. 61% ignoram as políticas de segurança de dados, 43% passam à frente das políticas de partilha de dados com terceiros e 49% jamais leem quaisquer políticas relacionadas com a recolha de dados.

Curiosamente, os mais jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos, mostram menos interesse em ler os termos e condições do que as gerações anteriores. No entanto, em todos os grupos etários, a percentagem mais significativa é a que se interessa pelas políticas relativas à partilha de dados com terceiros.

Em contrapartida, a questão das permissões dadas às aplicações acusa uma cautela maior: apenas 3% dos Portugueses concedem às aplicações acesso irrestrito a funções como a localização, o microfone e a lista de contactos. A maioria, 92%, dá apenas o acesso necessário para a funcionalidade da aplicação.

Parecendo inofensivo, o adiamento das atualizações de software ou das aplicações continua a ser praticado por 38% dos Portugueses, que se expõem a riscos. “As atualizações de software são essenciais, uma vez que corrigem falhas de segurança e reforçam a proteção dos dados. Ao manter o seu software atualizado, está a proteger os seus dados e os seus contactos de ataques de phishing que tentem explorar as vulnerabilidades das aplicações desatualizadas”, acrescenta Warmenhoven.

Especialistas explicam como assegurar a sua privacidade nas aplicações

De acordo com um outro estudo da NordVPN, perto de 87% das aplicações para Android e 60% das aplicações para iOS pedem acesso a funções do dispositivo que não estão relacionadas com as suas reais necessidades.

“A maioria dos utilizadores dá estas permissões sem ler os termos e condições, acabando por permitir que as aplicações os espiem. Isto pode levar a fugas de dados e ao roubo de informações pessoais, que podem ser usadas contra os seus interesses”, diz Warmenhoven.

Para garantir a privacidade nas aplicações, Adrianus Warmenhoven propõe estas medidas de prevenção:

  • Descarrega sempre as aplicações de lojas oficiais, porque as não oficiais nem sempre fazem verificações de segurança antes de publicarem as apps, aumentando assim o risco de modificações por parte de criminosos.
  • Familiariza-te com as permissões de dados que as aplicações pedem. Analisa e ajusta estas permissões conforme necessário, sobretudo as mais sensíveis, como o acesso à câmara, microfone, armazenamento, localização e lista de contactos.
  • Antes de transferires uma aplicação, lê a respetiva política de privacidade para perceberes que informações serão recolhidas e partilhadas com terceiros. Se o nível de privacidade não for satisfatório, pondera uma alternativa.
  • Limita o acesso à localização apenas quando usas a app e evita iniciar sessão com as contas das tuas redes sociais, porque isso pode permitir uma troca desnecessária de dados.
  • Elimina as aplicações que já não utilizas, para que elas não continuem a recolher dados em segundo plano.
Sobre o autor

Fernando Costa

O seu primeiro PC foi um ZX Spectrum, apesar de já ter jogado em várias plataformas, o PC continua a ser o Favorito. Criador do InforGames.pt e fã de jogos de Corrida, estratégia e luta.

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